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Painel Imortais | Comic-Con 2011

Novo trailer tira a má impressão do primeiro

24.07.2011, às 03H20.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40

A Relativy Media apresentou na Comic-Con 2011 um painel do épico grego Imortais (Immortals), novo filme do cineasta indiano Tarsem Singh (A Cela).

Imortais

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Devido ao primeiro trailer e à produção de Mark Canton e Gianni Nunnari, o filme tem sido criticado pela semelhança com 300, que eles também produziram. O elefante foi rapidamente removido da sala, porém. Canton garantiu que o filme está sendo 100% criado a partir da visão de Singh. "300 não tem nada a ver com esse filme", disse.

Singh também começou de certa maneira se desculpando pela primeira prévia divulgada. "Imortais é mais sombrio e violento que o trailer. Esse vídeo que está circulando é para todos os públicos, não poderia ter as coisas que estão no filme". Para provar isso, o cineasta imediatamente exibiu o novo trailer, em 3-D. E, realmente, ele é muito melhor do que o primeiro e composto quase que integralmente por cenas de ação, estilizadas e brutais.

Os produtores explicaram então que a visão de Singh foi muito inusitada desde o princípio. "Ele queria deuses mais jovens e agressivos, furiosos. Um grupo que não dependesse dos humanos para lutar. Eles sujam as mãos", disse Canton. Singh explicou que teve essa ideia ao pensar sobre os deuses e o panteão greco-romano. "Não quis a versão convencional deles, que já existe aos montes em todas as mídias. Além disso não é possível vencer a literatura, mas podemos buscar novas interpretações de deuses antigos, algo que imagino que vá irritar algumas pessoas. Na verdade, não entendo o envelhecimento de deuses. Se você pudesse viver para sempre e fosse todo-poderoso gostaria de parecer quem? Um velho ou um belo guerreiro?. O diretor contou então uma história divertida sobre sua vida e sua relação com a espiritualidade. "Eu não tinha curiosidade sobre divindades e sempre fui ateu. Mas há alguns anos minha mãe me disse: 'seu idiota, como você acha que é tão bem-sucedido? foram minhas preces' - então tive que aceitar essa sabedoria e comecei a ficar curioso com um filme de divindades".

Singh comentou também sobre o 3-D estereoscópico, que ele acredita ser uma evolução natural de seu trabalho. "Eu tento usar o 3-D de uma maneira criativa. Meu estilo é bastante estático e funciona muito bem com o 3-D. Não uso as câmeras tremidas que são moda e que podem tornar difícil a experiência do 3-D. Essa é uma ferramenta interessante e você precisa estar pronto para ela, pensando nela desde o início. Mas é preciso tomar muito cuidado com isso porque os filmes estão ficando velhos muito rápidos. Eu sei que o meu ficará datado também, mas posso tentar minimizar isso".

Sobre os motivos que o levaram a aceitar o projeto, o cineasta revelou que teve uma experiência tão ruim com seu último filme que queria algum conforto desta vez. "Eu tive uma experiência selvagem em The Fall, no melhor estilo de Coppola em Apocalipse Now, passando por dezenas de países, enfrentando os elementos e gastando todo o meu dinheiro. Então queria uma experiência toda em estúdio desta vez. Toda em estúdio e controlada, sem sofrimento".

Outra diferença em relação a 300 é que há muitos sets reais. "Queria mais coisas para com os atores interagirem, para que eles sentissem mais a realidade do filme", comentou o diretor.

Os atores nesse painel estavam um tanto apagados. Falaram pouco e deixaram o divertido cineasta segurar sozinho os 45 minutos da apresentação, que teve um longo clipe de batalha exibido duas vezes. A prévia mostrou uma batalha entre deuses e demônios dentro de uma espécie de templo ladeado por estátuas gigantescas. A brutalidade prometida pelo diretor no início do painel veio realmente à superfície na cena. Basicamente foi um combate supercoreografado, com os protagonistas movendo-se em velocidade levemente superiora à do seus oponentes. É como se fosse uma versão 2.0 de 300, cheia de golpes giratórios e quase como uma dança. Em contraste com a beleza dos movimentos, corpos eram despedaçados e cabeças rolavam.

Leia abaixo as citações mais interessantes do painel:

  • Para Henry Cavill, a principal razão pela qual ele aceitou o projeto foi a oportunidade de trabalhar com Singh.
  • "Um projeto gigantesco como este exige enorme paciência. Há muito tempo de espera entre os takes, mas trabalhar com Tarsem é ótimo, ele dá enorme liberdade aos atores" - Frieda Pinto.
  • "Queremos trazer coisas novas ao público. Nosso trabalho é de certa maneira semelhante ao da Comic-Con: buscar o que vem a seguir" - Mike Canton.
  • "Precisávamos de alguém para cuidar que Mickey Rourke estivesse pronto na hora o tempo todo. Mark era tratado pelo nome por ele e eu era chamado de Produtor #2. Isso não me deixava nada feliz, mas parecia hilário a todos os outros da equipe" - Gianni Nunari.
  • "Começo a trabalhar a partir do visual e não do roteiro e levo muitas críticas por causa disso" - Tarsem SIngh
  • "A primeira cena do primeiro dia de Frieda foi uma cena de sexo. Foi embaraçoso começar assim porque não havia nenhum diálogo. Mas ficou linda!" - Tarsem Singh.
  • "O que mais gostei no set foi a chance de ficar olhando os caras. É difícil um filme em que a mulher fica vestida e os caras estão o tempo todo sem camisa" - Frieda Pinto.
  • "É difícil trabalhar com Singh porque ele tem uma imaginação enorme. Não é fácil entender o que ele está vendo e acompanhá-lo" - Frieda Pinto.
  • "Manter-me em forma foi a coisa mais difícil do filme, já que todo o resto foi muito facilitado por Tarsem" - Henry Cavill.

E o novo Superman falou muito, muito brevemente sobre O Homem de Aço antes do fim: "É um dos melhores roteiros que já li. e mal posso esperar para começar".

O Omelete conversou com Tarsem Singh, Frieda Pinto, Stephen Dorff, Kelan Lutz e os produtores e vocês lerá (e assistirá a essas conversas em breve).

Acompanhe a cobertura em Comic-Con 2011

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