Filmes

Crítica

Baywatch - SOS Malibu | Crítica

Nem carisma de The Rock e Zac Efron conseguem salvar a vida do remake

14.06.2017, às 17H20.
Atualizada em 14.06.2017, ÀS 18H00

Quando a TV por assinatura chegou ao Brasil, um dos programas que recheava boa parte da programação, com incessantes reprises, era a série americana Baywatch (1989-2000), que ganhou por aqui o título S.O.S. Malibu. O programa era comandado pelo lendário David Hasselhoff e trazia salva-vidas da praia californiana correndo de um lado para o outro com seus maiôs vermelhos e muita câmera lenta. Saíram de lá beldades como Pamela Anderson, Erika Eleniak e Carmen Electra, que alternavam salvamentos na TV com capas da Playboy.

Após o sucesso da adaptação aos cinemas de Anjos da Lei (21 Jump Street), parecia que Baywatch seguiria a mesma fórmula, usando o senso de humor para tirar sarro do absurdo que era sua matéria-prima. Como se vê em toda a campanha publicitária, dos trailers e comerciais aos incansáveis posts de Dwayne “The Rock” Johnson em suas redes sociais, o tom parecia definido. O resultado porém é pífio e mostra a diferença que há entre querer fazer comédia e conseguir realmente arrancar risos da plateia.

As piadas estão lá, mas a graça deve ter se afogado em algum momento. O filme não tem ritmo, não tem timing e consegue desperdiçar o carisma e talento cômico que tanto The Rock quanto Zac Efron já mostraram que têm. Em projetos anteriores, os dois já provaram que conseguem brincar com os estereótipos que carregam nos ombros (e abdômenes rasgados), mas parece que faltou ao longa justamente esta “sem-vergonhice”. Em determinado momento, parece que o diretor Seth Gordon esqueceu a piada que estava tentando contar e passou a encarar o filme de forma séria.

E não há esforço neste mundo que consiga transformar essa história em algo sério. Na trama, o departamento de segurança praiana está sob risco, sofrendo inúmeros cortes de orçamento. No meio do processo de recrutamento anual, o chefe do departamento envia para uma das novas vagas Matt Brody (Efron), atleta ganhador de dois ouros olímpicos, mas que tem problemas de comportamento. Mitch Buchannon (Dwayne Johnson) reluta, mas aceita o novato, junto com a linda Summer Quinn (Alexandra Daddario) e o gordinho-esforçado Ronnie (Jon Bass). Juntos, eles vão ter de salvar vidas e desbaratar a rota do tráfico de drogas que está invadindo sua praia.

Nem todos os lindos corpos seminus desfilando na telona do cinema salvam este roteiro, que é mais problemático do que biquínis que teimam em entrar onde não devem.

Nota do Crítico
Ruim

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.