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Miss Simpatia 2: Armada e Poderosa | Crítica

<i>Miss Simpatia 2: Armada e poderosa</i>

31.03.2005, às 00H00.
Atualizada em 13.11.2016, ÀS 10H01

Miss Simpatia 2: Armada e poderosa
Miss Congeniality 2: Armed and fabulous
EUA,
2005
Comédia - 115 min.

Direção: John Pasquin
Roteiro: Marc Lawrence

Elenco: Sandra Bullock, Regina King, Enrique Murciano, William Shatner, Ernie Hudson, Heather Burns, Diedrich Bader, Treat Williams, Abraham Benrubi

Em 2000, não tínhamos na TV a febre atual por reality shows e programas que transformam casas e pessoas feias respectivamente em castelos e beldades. Talvez por isso, a mudança da masculinizada agente do FBI Gracie Hart (Sandra Bullock) em uma autêntica candidata a Miss que clama pela Paz Mundial chegou a surpreender positivamente o público. Miss Simpatia (Miss Congeniality, 2000) tinha a sua graça e conseguia arrancar risadas verdadeiras dos espectadores, principalmente quando Michael Caine se desdobrava na tarefa de trocar a arma de Gracie pelo salto alto e o vestido decotado. Era uma espécie de Queer eye for the straight girl.

Esta continuação começa num ponto não muito distante do desfecho do primeiro filme. Em um de seus primeiros trabalhos disfarçada, Gracie é reconhecida e as coisas não saem como planejadas. Como agora é muito famosa, ela recebe um ultimato: ou vira o Rosto do FBI, ou passa o resto de sua carreira atrás de uma mesa preenchendo relatórios. Assim, lá vai a agente para mais um banho de lojas, novas luzes na cabeleira, maquiagem e aulas de bons modos. Em dois tempos ela já está brilhando nos talk shows e ajudando a criar uma boa imagem para o Bureau. Tudo ia bem até que a Miss Estados Unidos (Heather Burns) e o MC Stan Fields (William Shatner) são seqüestrados e Gracie, que vai até Las Vegas apenas para participar de uma coletiva de imprensa, acaba se envolvendo nas investigações.

Este Miss Simpatia 2 - Armada e Poderosa (Miss Congeniality 2 - Armed and Fabulous, 2004), dirigido por John Pasquin, reúne desordenadamente tudo o que há de mais típico em Hollywood. Primeiro, é inferior ao original. Segundo, usa a clássica fórmula das duplas que não se dão bem no começo, mas depois acabam se identificando. Terceiro, encena boa parte da trama em Las Vegas, para assim poder mostrar as bizarrices da cidade e vestir alguns personagens com plumas e paetês e desta forma tentar arrancar risadas pelo patético - o que até acontece em uma ou outra cena.

O roteiro escrito por Marc Lawrence, com quem Bullock já havia trabalhado em Força do destino (1999) e Amor à segunda vista (2002) não tem ritmo. Parece até que ele foi escrito enquanto era filmado, com Lawrence e Bullock gritando a todos ok, já faz quase uma hora que o filme começou, vamos fazer agora a cena de conciliação entre a agente Sam Fuller (Regina King) e Gracie e SHAZAM, lá está a cena, completamente gratuita e incondizente com as características dos personagens.

Mas o principal problema é que falta carisma ao longa. Se na aventura anterior o público feminino poderia se identificar com Gracie, ao sonhar com a transformação da gata borralheira em princesa e na conquista do príncipe encantado, desta vez a sua atitude loira-burra de algumas cenas pode afastar as antigas fãs. Numa hora dessas, Gracie Hart deve estar ao lado de Bridget Jones em uma demorada sessão de terapia para tentar entender o que fizeram de errado. Se quiserem mesmo voltar, é melhor fazerem o tratamento até o fim.

Nota do Crítico
Ruim
Miss Simpatia
Miss Congeniality
Miss Simpatia
Miss Congeniality

Ano: 2000

País: EUA

Classificação: 12 anos

Duração: 105 min

Onde assistir:
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