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Crítica

Um Homem de Família | Critica

Uma segunda chance para Nicolas Cage

12.01.2001, às 00H00.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 01H10

Como seria se há dez anos ou há cinco minutos você tivesse tomado uma decisão diferente? Onde e com quem estaria hoje se tivesse seguido um outro caminho? Clique para sair dessa página quem nunca pensou sobre isso e, mais ainda, quem nunca desejou poder, vez ou outra, alterar suas escolhas, seu destino. É irresistível e impossível mudar o passado. Mas não para Hollywood, que deu a Nicolas Cage essa segunda chance.

Em Um Homem de Família, Jack Campbell (Cage) vai dormir sozinho na noite de Natal em um luxuoso apartamento em Nova York e está prestes a fechar um acordo milionário na empresa em que trabalha. Na manhã seguinte, acorda em um quarto bagunçado no subúrbio da mesma cidade, com uma mulher ao lado, um choro de bebê e uma menininha pulando na cama do casal. De bem-sucedido executivo de Wall Street a marido e pai de família classe média, ele se encontra em uma vida que pensa não ser sua. Mas é.

A mulher que dorme ao seu lado é Kate (Téa Leoni), uma namorada dos tempos de faculdade que ele abandonou para alavancar sua carreira e ficar rico. Aos pouco, ele descobre que está casado com ela e as crianças na casa são seus filhos. Uma outra surpresa aguarda Jack: sua nova rotina. Esquentar mamadeira, vestir camisas de flanela xadrez, levar os meninos na escola com uma minivan e vender pneus. Adeus às mordomias, aos ternos de três mil dólares, à Ferrari prata, ao mundo dos grandes negócios.

Uma boa seqüência de fatos previsíveis, mas com doses de sensibilidade e sinceridade, vai tomando a nova vida do protagonista. E quando ele começa a descobrir a felicidade num simples sorriso da filha e o amor num gesto da mulher, percebe que sua segunda chance pode não passar de uma pequena amostra.

Com um tipo bem mais, digamos, familiar, Cage quebra a seqüência de papéis de ação que vinha fazendo com seus últimos filmes, 8mm, Con Air e 60 Segundos, em que interpretava personagens comparáveis a Schwarzenegger e Stallone. Mesmo com a mudança, o ator, premiado com o Oscar por Despedida em Las Vegas, mantém seu alto nível de atuação e está bem no filme. O mesmo acontece com Téa Leoni (exposa de David Duchovny, o Fox Mulder de Arquivo X), que pode ser vista no fraco Impacto Profundo. Para quem não se lembra, ela era protagonista da série Naked Truth, uma fotógrafa patricinha que trabalhava em um jornal sensacionalista.

Ainda que com um roteiro pouco original - vide filmes em que se mudam de vida como Trocando as Bolas, de John Landis, ou Felicidade não se compra, de Frank Capra - Um homem de família atinge o alvo a que se propõe alcançar, sendo uma fantasia/crônica do espírito natalino que agrada tanto ao pai e à mãe quanto aos filhos, alternando cenas de dramas de consciência e romance com passagens bem-humoradas e politicamente corretas.

 

Nota do Crítico
Bom
Um Homem de Família
The Family Man
Um Homem de Família
The Family Man

Ano: 2000

País: EUA

Classificação: 12 anos

Duração: 125 min

Direção: Brett Ratner

Elenco: Nicolas Cage, Téa Leoni, Don Cheadle, Saul Rubinek, Makenzie Vega, Ryan Milkovich, Jake Milkovich, Lisa Thornhill, Jeremy Piven, Amber Valletta

Onde assistir:
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