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Como aprendemos com Garfield, as segundas-feiras são sempre odiosas. Exceto quando a primeira coisa da semana é levantar e ir até o cinema ver um filme esperado, como X-Men: O confronto final (X-men: The last stand, 2006), que chega às telas do mundo todo nesta sexta.
Foi isso que fizemos na manhã deste dia 22 de maio. E é para contar o que vimos por lá que está no ar mais uma edição Da Frigideira - o espaço que usamos para apontar em primeira mão, e no embalo de quem ainda sente o cheiro de pipoca ao fechar os olhos, o que achamos do filme. Resumindo, é uma prévia da crítica oficial, que só vai chegar por aqui no fim da semana. :-)
Como não poderia deixar de ser, a apreensão era grande. Afinal, Bryan Singer, o diretor por trás dos dois primeiros longas-metragens dos mutantes, decidiu trocar o conforto da Mansão do Prof. Xavier pela conturbada Metrópolis do Super-Homem. Se muita gente ficou chocada ao saber que Singer tinha saído, outros tantos tinham a pulga atrás da orelha em relação ao diretor contratado, Brett Ratner. Bobagem! Ele já tinha mostrado na série A hora do rush e no divertido Ladrão de diamantes que sabia entreter uma platéia e confirmou isso em X-Men: O confronto final, suposta última parte da série estrelada pelos mutantes.
A tal da suposição está entre aspas porque, assim como aconteceu em X-Men 2, o finzinho guarda aos fãs uma daquelas cenas que encerra com chave de ouro e cria a expectativa para a próxima aventura. Se ela virá ou não, já são outros quinhentos, afinal Magneto e Wolverine já anunciaram seus projetos solo e Halle Berry ora afirma que não volta mais ao papel da Tempestade, ora fala que pode vestir sua peruca branca mais uma vez.
Com técnico novo, as grandes mudanças ficam mesmo na escalação e na formação tática. Como vimos nos últimos meses, Ratner optou por aumentar a lista de mutantes convocados, mas para conseguir abrir espaço aos novatos, teve que diminuir o tempo de tela de personagens já conhecidos - principalmente porque seu filme é relativamente curto (104 min, contra 153 min do Código Da Vinci, 126 min de Missão: Impossível III e 133 do próprio X2). O bom é que ele conseguiu fazer isso de forma bastante ousada e que pode surpreender muita gente.
De quebra, ainda conseguiu dar uma nova dinâmica aos grupos dos discípulos de Charles Xavier e também à Irmandade liderada por Magneto. Com as mudanças, têm ainda mais destaque Wolverine (Hugh Jackman) e, principalmente, Tempestade (Halle Berry), que finalmente toma ações dignas de uma líder mutante.
O problema é que com tantos novos personagens, principalmente entre os morlocks, os minutos a menos acabam fazendo falta. O Fanático (Vinnie Jones) vira o Dente-de-Sabre (Tyler Mane) da vez: um sujeito forte, mas descerebrado. O Anjo (Ben Foster) tem importância quase mínima e até o Sanguessuga (Cameron Bright), que parecia ser importante, acaba empurrado para escanteio. Dos que acabaram de chegar, vale citar com mais ênfase apenas o Fera (Kelsey Grammer), que tem bastante destaque político e também vai pro pau na hora que a batata esquenta (com direito a Minha Santa Aquerupita e tudo!).
Se o conflito interno (a polêmica pela cura do fator X), a disputa entre clãs mutantes e a Saga da Fênix não forem suficientes para você, fã das antigas, vale lembrar que finalmente é mostrada a Sala de Perigo. Mas para curti-la, é necessário chegar cedo ao cinema. A não ser que o seu poder mutante seja o de fazer o mundo parar e ficar te esperando. ;-)
