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Crítica

O Chamado 2 | Crítica

<i>O chamado 2</i>

24.03.2005, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H17

O chamado 2
The ring 2
EUA,
2005
Terror - 111 min.

Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger

Elenco: Naomi Watts, Simon Baker, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Gary Cole, Sissy Spacek, Ryan Merriman, Emily VanCamp, Kelly Overton

Quem não conhece uma boa lenda urbana? São aquelas histórias como a da loira do banheiro, que aparece por todos os colégios do Brasil para qualquer estudante que a invoque ao praguejar três palavrões. O fetiche por esse tipo de conto já rendeu incontáveis conversas por acampamentos e mesas de bar mundo afora. Felizmente (ou infelizmente, no meu caso) a lenda da loira do banheiro jamais foi confirmada.

O Chamado (2002) conta a história de uma dessas lendas, sobre uma fita VHS que leva seu espectador à morte sete dias após tê-la assistido. Nesse tempo, o infeliz ainda é assombrado pela bizarra Samara Morgan, uma menina amaldiçoada que foi morta pela mãe adotiva. Considerado um dos melhores filmes de terror dos últimos anos, trata-se da refilmagem quase literal do japonês Ringu, de Hideo Nakata, 1998.

Nesta versão hollywoodiana, a jornalista Rachel Keller (Naomi Watts) investiga a morte da sobrinha, aparentemente relacionada ao tal VHS. Com a competentíssima direção de Gore Verbinski e a fotografia de Bojan Bazelli, o filme supreendeu o mundo ao apresentar uma atmosfera sinistra e fatos estranhos que não são necessariamente explicados - elementos típicos do horror japonês. A suspensão temporária da descrença faz-se primordial para entrar no clima da história. Como em toda lenda urbana, não adianta perguntar ou tentar entender os fenômenos. O bizarro é bizarro e pronto!

E haja suspensão temporária da descrença para assistir a O Chamado 2, agora dirigido pelo criador da franquia: Hideo Nakata. O filme continua a história do primeiro, com Rachel e seu filho Aidan (David Dorfman) recomeçando suas vidas após terem sido assombrados por Samara. Mas como tudo que é bom dura pouco (e, em Hollywood, gera continuações), a tranquilidade deles é logo interrompida.

Um adolescente (sempre eles) acaba morto após assistir a uma cópia da fita amaldiçoada e, para piorar, a terrível Samara continua assombrando Rachel, com o objetivo de possuir o corpo de Aidan. A trama se aproxima superficialmente dos personagens e introduz novos, como a dispensável mãe natural da fantasminha nada camarada.

Sem os elementos surpresa gastos no primeiro filme - como a expressão assustadora de Samara, o estado em que ela deixa suas vítimas e os apavorantes cinco minutos finais - não há muito o que se fazer a não ser seguir por um caminho seguro. Foi exatamente esta a decisão tomada pelos produtores e, até certo ponto, eles estão certos. A história repete alguns elementos do primeiro, reproduz com fidelidade seu clima sombrio e nos dá alguns sustos aqui e acolá. Se por um lado o filme fica muito aquém de seu predecessor, por outro ele ao menos se salva do constrangimento típico das continuações do gênero. Acredite, se você achar O Chamado 2 ruim, agradeça aos céus por não ter visto o original japonês (Ringu 2), que nos apresenta uma bizarra versão da Samara, mais veloz, mais furiosa... e em papel machê. Isso sim é que é um horror!

Nota do Crítico
Regular
O Chamado
The Ring
O Chamado
The Ring

Ano: 2002

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 105 min

Direção: Gore Verbinski

Elenco: Naomi Watts, Martin Henderson, David Dorfman, Brian Cox, Shannon Cochran, Daveigh Chase, Rachael Bella, Jane Alexander, Lindsay Frost, Amber Tamblyn, Sandra Thigpen, Richard Lineback, Sara Rue, Adam Brody, Keith Campbell

Onde assistir:
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