Não teve capa de chuva que tenha resistido ao temporal que tomou conta de São Paulo nesta terça-feira (6), quando Harry Styles finalmente deu o pontapé para a Love on Tour no Brasil. Imagine, então, o que aconteceu com os paetês, as plumas, os cartazes e as maquiagens extravagantes com os quais os fãs desfilavam pelo Allianz Parque. Ainda assim, a chuva sequer afetou a animação dos presentes que, aguardando o show desde 2020, cantavam a plenos pulmões muito antes do britânico subir ao palco. Mas, quando Styles se juntou às milhares de pessoas debaixo da queda d’água incessante e, enérgico, garantiu que tudo seria ainda mais perfeito com todos ensopados, estava posto que ninguém ficaria parado pela próxima 1h40.
E assim foi. Com Styles ocupando o palco de uma ponta a outra e fazendo questão de chamar todos para sua festa, quer estivesse entoando hits dançantes, como “Cinema”, quer fossem faixas mais introspectivas, como “Matilda”, o show rapidamente fez jus à promessa do espetáculo. Era como se o cantor fosse, na verdade, um maestro tamanho o domínio que exercia sobre a plateia — veja, ele literalmente conduziu um coral de gritos empolgados, isso quando não criou uma coreografia com todas as luzes dos celulares.
Atencioso como de costume, Styles fez questão de manifestar sua gratidão aos presentes diversas vezes ao longo da noite, ressaltando como sempre teve uma recepção calorosa no Brasil e como estava feliz de encerrar a turnê por aqui. Ainda que tenha brincado com a seleção brasileira (“O Brasil ganhou?”, perguntou com ironia), o músico fez questão de demonstrar seu apreço pelo país ao incluir um trecho de “Trem das Onze” na introdução de “Late Night Talking”, uma breve homenagem a um dos compositores paulistas mais marcantes. No entanto, verdade seja dita: nada empolgou tanto quanto vê-lo cantar novamente “What Makes You Beautiful”.
A nostalgia, porém, foi mais exceção do que regra. Styles dedicou a maior parte do seu setlist para canções do seu último álbum, Harry’s House, e seu antecessor Fine Line — que, vale lembrar, seria o foco da apresentação quando ela foi originalmente anunciada anos atrás. Mesmo assim, ficou para os hits do seu disco de estreia, “Sign of the Times” e “Kiwi”, a difícil tarefa de dizer adeus. Ou, melhor, até logo. O cantor volta a São Paulo nos dias 13 e 14 de dezembro, depois de passar pelo Rio de Janeiro e por Curitiba.
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