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Slayer em São Paulo 2011

Banda faz show marcante e com setlist sem defeitos

14.06.2011, às 18H53.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H22

Na semana passada, o Slayer retornou ao Brasil com a turnê de seu disco mais recente, World Painted Blood (2009). Nestes dois shows, Curitiba e São Paulo receberam um dos quatro integrantes do Big Four, do qual também fazem parte Metallica, Megadeth e Anthrax. A apresentação em São Paulo contou com 23 faixas, combinando as músicas novas aos vários clássicos do grupo, que mantiveram a plateia animada do início ao fim. Da antiga classificação de speed metal para thrash metal, temas sobre religião, guerra e morte, são tocados com solos nervosos de guitarra e vocais pesados e acelerados.

A casa estava lotada e sobraram histórias daqueles que deixaram para comprar o ingresso na noite do show e ficaram sem, já que os ingressos para pista esgotaram. Fãs jovens e adultos compareceram em peso para ouvir o melhor dos 30 anos de carreira do Slayer. Não era fácil encontrar um lugar com boa visibilidade e relativa margem de conforto, especialmente em um show de metal, que tem como característica essencial a agitação do público. Para quem tivesse coragem, porém, não era difícil chegar à grade. As tradicionais rodas, um tanto violentas, mas sempre em tom de confraternização, foram constantes em todo o show, com exceção de algumas folgas para o descanso.

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Fotos: Midiorama

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Fotos: Midiorama

O show começou pontualmente às 22 horas com "World Painted Blood" e "Hate Worldwide", ambas do álbum novo. Em seguida "War Ensemble" terminou com uma falha de som que deixou a plateia em um quase silêncio, só com o retorno dos músicos e as batidas da bateria. A banda seguiu com a música e a plateia acompanhou cantando. Isto não anulou a indignação das pessoas, que começaram a xingar a casa de shows. Ao final da música, veio a explicação no telão e o problema foi solucionado.

Slayer seguiu com o show, sem mais intervalos, engatando uma música na outra. "Disciple", "Blood Line", "Dead Skin Mask", "Mandatory Suicide", "Chemical Warfare", "The Antichrist" e "Seasons in the Abyss", entre outras. A cada música, uma atmosfera diferente. O público parecia realizado, em estado de agitação quase que permanente.

A banda tocava com sua formação original, exceto pelo guitarrista Gary Holt (Exodus), que substituiu Jeff Hanneman, hospitalizado por uma séria infecção no braço, causada por veneno de aranha. O baixista e vocalista Tom Araya foi homenageado com uma bandeira do Chile, enquanto o baterista Dave Lombardo destacou-se ao mostrar que fôlego não era problema. Kerry King completou o line-up original. Os quatro músicos deram um show de qualidade impecável, muita presença de palco e vitalidade para dar sequência a uma apresentação de quase duas horas.

O grupo não fez bis, apenas seguiu adiante, evitando o bis programado. "South of Heaven", "Raining Blood", "Black Magic" e "Angel of Death" fecharam o espetáculo. Foi um show marcante, sem deixar impressões negativas, seja pelo marco que o Slayer representa na vida de seus fãs, seja por um setlist bem montado e levado com maestria.

Confira abaixo o setlist completo do show em São Paulo, em 9 de junho:

01. "World Painted Blood"
02. "Hate Worldwide"
03. "War Ensemble"
04. "Postmortem"
05. "Temptation"
06. "Dittohead"
07. "Stain of Mind"
08. "Disciple"
09. "Bloodline"
10. "Dead Skin Mask"
11. "Hallowed Point"
12. "The Antichrist"
13. "Americon"
14. "Payback"
15. "Mandatory Suicide"
16. "Chemical Warfare"
17. "Ghosts of War"
18. "Seasons in the Abyss"
19. "Snuff"
20. "South of Heaven"
21. "Raining Blood"
22. "Black Magic"
23. "Angel of Death"

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