Filmes

Entrevista

Premonição 5 | Omelete entrevista o diretor Steven Quale

Ele fala do 3-D, dos diferenciais em relação aos filmes anteriores - e do futuro da franquia

24.09.2011, às 12H34.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H44

Depois da nossa entrevista com a atriz Emma Bell, agora conversamos com o diretor do quinto filme da série Premonição. Premonição 5 marca a estreia solo de Steven Quale, que trabalhou como diretor de segunda unidade em Avatar e codirigiu o documentário submarino Aliens of the Deep com James Cameron.

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Ele fala um pouco do desafio tecnológico do 3-D, dos diferenciais do longa em relação aos anteriores - e do futuro da franquia.

Quanto tempo e dinheiro vocês investiram na cena da ponte, o desastre que abre Premonição 5?

É difícil dizer exatamente quanto, mas focamos toda nossa energia por ser a primeira cena do filme. Usamos todos os recursos que tínhamos disponíveis para fazer uma grande abertura - dublês, efeitos especiais, tela verde e etc. Fiquei bem feliz com o resultado final, achei que ficou incrível.

Existe algum motivo técnico por ter escolhido uma ponte?

Estávamos procurando locações para rodar o filme e decidimos pela ponte Lions Gate porque sabíamos que Vancouver era uma cidade bem receptiva a filmagens. A prefeitura nos deixou fechar um dos lados da ponte por duas horas em uma manhã de domingo para que pudéssemos fazer aquelas cenas aéreas. A ideia era mostrar a ponte como é antes que ela caísse, para que depois adicionássemos os detalhes em computação gráfica. Se tivéssemos feito tudo com computadores, o resultado não teria sido tão real como foi.

Gostei do suspense que a queda de 60 metros adiciona a algumas das mortes.

Isso foi um dos principais pontos da cena, porque dá pra perceber bastante a altura da ponte com o 3-D. Ver os personagens passando de um lado para o outro por um espaço super apertado e a queda de 60 metros logo ao lado deles é bem impressionante.

Esse filme adiciona uma questão moral que os anteriores não tinham: mate ou seja morto. Isso veio de onde?

Isso foi ideia do roteirista, Eric Heisserer. Ele e Craig Perry [o produtor] queriam que este filme tivesse alguma coisa que o diferenciasse do resto da franquia. E foi exatamente isso que me atraiu à história. Agora a história não é mais sobre um punhado de personagens esperando morrer, mas sim a possibilidade deles de mudar o desfecho de sua própria história. A questão agora é se eles conseguem superar essa questão moral e se convencerem a matar outra pessoa para viver. Isso dá um toque dramático muito grande à trama.

Ouvi dizer que você viu os outros filmes da franquia um atrás do outro, num mesmo dia.

Sim. Antes de começar a trabalhar neste filme, eu tinha que ver sobre o que os outros se tratavam, como eram suas tramas e etc. Defini quais eram os pontos que eu gostava e quais eu não gostava, conversei com os produtores sobre o conceito e as situações do primeiro, o tom dos filmes - o humor presente no segundo, sendo que o primeiro é mais sério...

Acho mesmo engraçado como nessa franquia eles acabam intercalando filmes sérios e filmes escrachados.

É, tem que ser mantido um certo equilíbrio. Não dá pra ir muito pra comédia nesse tipo de filme, fica bem exagerado.

E dentre os outros filme, qual é o seu favorito?

Acho que o primeiro, somente pelo fato de ter começado tudo.

Premonição 5 teve uma produção bem apressada, não?

Com certeza. Quando pegamos o roteiro, a data de estreia do filme já estava definida, o que nos deu um tempo de produção de apenas 13 meses. Produzir um filme nesse período de tempo com todos os aspectos de Premonição 5 é loucura. Eu tinha que estar bem ciente de tudo o que estava acontecendo, sempre concentrado nos principais pontos de tudo - como efeitos visuais e coisas do tipo. Só assim tudo ficaria pronto na data certa. Nossa equipe era incrível, o que facilitou muito.

E agora, olhando para o produto final, você gostaria de ter aperfeiçoado alguma coisa?

Honestamente, fiquei bem feliz com tudo. Tenho padrões de qualidade bem altos para tudo aquilo que faço e trabalhei duro com todas as outras pessoas na equipe, que deram o melhor de si com a janela de tempo disponível. Acho que o produto final ficou bem legal, os fãs vão gostar bastante.

Pode falar um pouco sobre as câmeras digitais 3-D Alexa, que você usou na filmagem? Sei que elas são mais pesadas que as usadas em Avatar.

São mesmo. O interessante é que para Avatar, Jim Cameron criou um sistema de câmeras bem leve especialmente pra ele, o que naquela época era bem avançado. Em comparação, as câmeras Alexa, de um ponto de vista da imagem, tem um visual mais parecido com película do que as câmeras da Sony que usamos em Avatar. O lado negativo é que as câmeras são realmente mais pesadas. Então eu percebi que gostava tanto do visual que estava disposto a comprometer um pouco da mobilidade.

Agora que você já foi diretor de segunda unidade e diretor principal, qual é mais difícil?

Acho que ser diretor principal é mais difícil porque o trabalho não acaba nunca. A pressão é constante; assim como as perguntas, que você tem que responder com a certeza de um diretor. Mas gosto de ambos os cargos.

Tony Todd disse que os filmes seis e sete poderiam ser rodados ao mesmo tempo. Você sabe alguma coisa sobre isso?

Não sei nada sobre o futuro de Premonição. Tudo o que posso dizer é que depende dos fãs, porque se eles realmente gostam da franquia e forem ao cinema assistir a Premonição 5, tenho certeza que haverá uma continuação.

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