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Foram anos de expectativa até que a continuação de Batman: O Cavaleiro das Trevas fosse lançada. E não era sem motivo. Na década de 80, a história revolucionou a forma de se fazer HQs... mas não vou entrar nestes méritos aqui. Para saber TUDO sobre o assunto, acompanhe o BAT-ESPECIAL que começa esta semana no Omelete.
Voltemos à nossa resenha...
Imediatamente após o anúncio que Frank Miller retomaria o Homem Morcego do ponto em que o havia deixado - 15 anos atrás -, começou o berreiro dos fãs. Uns acreditavam que uma nova revolução aconteceria, outros bradavam indignados que a série seria terrível - era como fazer a parte 2 da Bíblia ou coisa que o valha. Mas e aí&qt;& Quem estava certo&qt;& O que é O Cavaleiro das Trevas 2&qt;&
A resposta ninguém poderia prever.
A impressão que se tem lendo o primeiro volume da mini-série é que Frank Miller NÃO criou uma seqüência para sua revolucionária obra, pois nenhum dos elementos presentes na série original está de volta. Calma... não estou falando de personagens, e sim, de clima, mensagens e visual.
Enquanto o primeiro O Cavaleiro das Trevas é sombrio, tenso, realista e mau-humorado, DK2 (como ficou conhecido pelos fãs), mesmo nos momentos mais dramáticos, é bastante divertido, tornando-se até mesmo hilário em algumas passagens. O traço de Miller e a estapafúrdia colorização de Lynn Varley contribuem ainda mais para esta sensação. Enquanto o desenhista está mais caricatural do que nunca, Varley simplesmente transformou-se em outra pessoa. Essa é a única explicação plausível para as pirantes cores digitais que empregou em vez de suas sempre belíssimas técnicas tradicionais. Mas pensando bem, com o estilo empregado por Miller nessa série, só mesmo despirocando nas cores pra acompanhar.
Com tudo isso, a única conclusão a que consigo chegar é que Frank Miller, um dos quadrinhistas que redefiniram o conceito de super-herói na década de 80, cansou da onda que ele mesmo deflagrara. O primeiro volume de Cavaleiro das Trevas 2 mostra o quão divertidos e despretensiosos os quadrinhos podem ser.
A história começa três anos depois do final de O Cavaleiro das Trevas, numa sociedade aparentemente perfeita e em harmonia. Claro que o único que consegue ver a sujeira sendo varrida pra baixo do tapete é o Batman, que aciona seus operativos para recrutar antigos aliados a fim de ajudar na luta contra Lex Luthor e suas marionetes. Na primeira edição, não faltam momentos escatológicos, participações especiais, seqüências de ação e o sempre durão Cavaleiro das Cores, oooops.... Trevas. :-)
Enfim, quer uma dica&qt;& ESQUEÇA que a revista é uma continuação. Leia como se fosse uma novidade e você se dará bem. Muito bem, por sinal. Pelo menos até aqui.
Mês que
vem tem mais. Fique ligado para a resenha do segundo volume de Cavaleiro
das trevas 2.
Imagens © DC COMICS
