Pokémon Black & White é um bom ponto de partida para interessados em expandir seu entendimento da mitologia dos games e TV da criação da Nintendo. Mais do que isso, é ótima oportunidade para quem pretende acompanhar um mangá divertido e cheio de ideias interessantes.
A história em quadrinhos de Hidenori Kusawa, desenhada por Satoshi Yamamoto, apresenta Black, um aspirante a treinador Pokémon. Tão determinado como Ash, mas muito mais avoado, o protagonista sonha tanto com seu espaço na Liga Pokémon que frequentemente se perde em davaneios que impossibilitam justamente esse desejo.
Entra então em cena Munna, um pokémon do tipo psíquico. Black usa a criatura não como um de seus atacantes, mas como um elemento estratégico. Dotado da capacidade de devorar sonhos, Munna é usada por Black como um capacete para esvaziar sua mente, permitindo que ele se foque totalmente no que deve fazer a seguir. É um divertido - e um tanto perturbado - elemento nas aventuras dos monstrinhos combatentes.
A estratégia não é apenas legal enquanto elemento narrativo, mas dá possibilidades interessantes visuais também, já que Black - com sua mente vazia - vê seus desafios a seguir como um tabuleiro. Ele os analisa e investe sobre as ameaças de maneira analítica, desenhada sempre com alguma novidade por Yamamoto.
Completam o trio de Black um Tepig e um poderoso Braviary, que serve também de meio de locomoção. O Tepig faz as vezes de Pikachu, cheio de si e certo de que a evolução não é assim tão necessária no caminho do sucesso nas rinhas, com aquela velha fé em si mesmo.
A primeira edição, por 6,90 reais, corresponde à revista Pokémon Especial #48. Como esse mangá foi apenas metade dedicado a Ash, já que encerrou um arco de histórias de outra fase de Pokémon no Japão, a versão nacional tem apenas 50% do tanho dos próximos volumes. Ótima notícia para quem deseja seguir acompanhando os sonhos de Black.
