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The Walking Dead começa sexta temporada em alto nível

Episódio de estreia aumenta escala e mantém diversidade narrativa da série

Omelete
3 min de leitura
12.10.2015, às 11H24.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H48

The Walking Dead voltou às telas brasileiras no domingo à noite com mudanças de impacto. A trama contida e tensa que permeou a última temporada deu espaço a um suspense de grande escala e tragédias de proporções maiores. Sem economizar nos efeitos e nas tomadas aéreas, a sexta temporada apresenta um dos melhores episódios iniciais da série e cria uma 'boa' expectativa para o futuro do grupo comandado por Rick Grimes (Andrew Lincoln).

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A transmissão do episódio, feita no Brasil pela Fox com legendas e áudio original, começou com um bando de sobreviventes maior do que o normal. Rick, Glenn (Steven Yeun), Meggy (Laura Cohan), Michonne (Dannai Gurira), Daryl (Norman Reedus), Abraham (Michael Cudlitz) e outros conhecidos estão misturados a outros personagens que ainda não tinham sido apresentados.

A situação na qual eles se encontravam, porém, não permitia apresentações - a maior horda de zumbis já vista na série estava a poucos metros, sem o espectador saber direito o porquê daquilo tudo estar acontecendo. Passada a abertura, The Walking Dead começou um flashback para relembrar os acontecimentos e explicar como começou a confusão vista nos primeiros minutos.

O início de mais um caos

Durante uma hora, o roteiro de Scott Gimple e Matthew Negrete consegue a dosagem certa entre cenas de ação e os momentos mais calmos, quase sempre acompanhados pelos flashbacks em preto e branco - o presente, apesar de mais amedrontador e lotado de zumbis, é cheio de cores. Mais uma vez, a série brinca com artifícios narrativos do jeito certo, sem firulas, com diálogos diretos e usando essas mudanças para melhorar o desenvolvimento da trama; foi assim em metade da quarta e na quinta temporada - leia nossa crítica.

Essa mudança de ritmo é acompanhada por um fio de tensão que percorre os dois espaços de tempo, sempre personificada por Rick, transformado de vez no sobrevivente máximo de um apocalipse tardio. Ele toma Alexandria, se impõe na frente de colegas e inimigos e demonstra o necessário para se sobreviver - novidade, aqui, só a intensidade e a certeza do personagem, que não devaneia em nenhum momento.

Boa parte dos mistérios jogados na tela no início se explicam de forma natural, mas algumas pontas ficam soltas para o restante da temporada. É possível que os Wolves, donos dos zumbis com um W na testa, estejam por trás da horda gigante de mortos-vivos, porém não há como ter certeza. Por outro lado, a ojeriza por seres humanos se mantém como ponto alto da relação entre os personagens, que usam os cadáveres como motivação para continuar a viver.

"First Time Again" mostrou que The Walking Dead voltou em alto nível. Com uma produção pomposa e com valor narrativo, a sexta temporada tem um ponta-pé inicial digno da grandeza da série, que cria o cenário ideal para renovar a trajetória de sua história e personagens.

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