Com família dividida, Succession retorna afiada para sua despedida

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Com família dividida, Succession retorna afiada para sua despedida

Quarta e última temporada da série estreia na HBO neste domingo (26)

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2 min de leitura
26.03.2023, às 06H00.
Atualizada em 08.04.2023, ÀS 12H02

É apropriado que, na estreia de sua quarta e última temporada, Succession decida voltar a um cenário muito familiar: uma festa de aniversário para o implacável magnata Logan Roy (Brian Cox). No piloto da série, exibido em 2018, foi na comemoração de seus 80 anos que o bilionário surpreendeu seus filhos com o anúncio de que não deixaria o cargo de CEO da Waystar Royco, colocando em ação toda a trama da elogiada série da HBO. Logo, nada mais justo do que escolher uma outra comemoração para dar início ao fim da história dos Roy. 

A diferença da estreia deste 4º ano, que será exibida na HBO e na HBO Max neste domingo (26), é que agora Logan não está cercado por seus filhos. Depois das manobras feitas por ele para vender a Waystar a Lukas Matsson (Alexander Skarsgard), seus três herdeiros mais novos – Kendall (Jeremy Strong), Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) – estão bem longe da festa, articulando uma iniciativa própria. As companhias familiares que restaram a Logan são o genro Tom (Matthew Macfadyen), o sobrinho-neto Greg (Nicholas Braun), e Connor (Alan Ruck), o filho excêntrico com ambições políticas. 

É um contexto perfeito para o criador da série, Jesse Armstrong, e seu time de roteiristas colocarem em prática o texto afiado que já se tornou marca registrada de Succession. Logan, sempre interpretado com brilhantismo por Cox, dá sinais de cansaço e vulnerabilidade nas frestas de sua armadura implacável, mas nem por isso se torna menos combativo e irritadiço; seus filhos, por sua vez, trocam diálogos velozes sobre seu novo empreendimento – e a conexão entre essas duas pontas, por meio de ligações em conferência, se torna interessante de uma forma que só a produção consegue fazer. 

O humor debochado da série também está presente na estreia, e em ótima forma. Greg, apesar de já estar ao lado dos Roy há tempo considerável, ainda se prova uma fonte inesgotável de constrangimentos e gafes. Mas há humor também nas negociatas que acontecem no episódio, e nunca deixa de ser cômico ver os protagonistas discutindo valores bilionários com uma casualidade completamente desconectada da realidade. 

Ao fim, fica a sensação de que a guerra familiar está longe de acabar – um prenúncio de que os episódios seguintes seguirão em ritmo intenso. A julgar pela ótima primeira hora, Succession terá uma despedida à altura de sua história, e mal podemos esperar por isso.

Os novos episódios de Succession são exibidos aos domingos, às 22h, na HBO e na HBO Max

 

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