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Crítica

Better Call Saul - 1ª Temporada | Crítica

Jimmy McGill e sua trajetória para o sucesso

Omelete
2 min de leitura
07.04.2015, às 19H52.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H34

Better Call Saul começou como uma simples série derivada de Breaking Bad. Vince Gilligan, em seu primeiro trabalho autoral, conquistou os fãs com a história de Walter White e sua jornada contra o câncer, mas outros bons personagens foram criados ao longo do caminho - entre eles, Saul Goodman (Bob Odenkirk). O advogado trambiqueiro foi cocriado por Gilligan e Peter Gould e acabou tomando proporções inimagináveis.

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Mesmo com o sucesso (e qualidade) comprovados de Breaking Bad, alguns ainda estavam céticos quanto a Better Call Saul. A série, um prelúdio da original, contaria a história de Jimmy McGill antes dele se transformar em Saul Goodman. Era de se esperar, portanto, que algum tipo de fan service entrasse na trama para atrair os fãs de Walt e Jesse. Surpreendentemente, a partir do segundo episódio já não existia mais nada disso e passamos a acompanhar a jornada de McGill, seus clientes e relacionamentos pessoais.

Não há como deixar de comparar Better Call Saul com Breaking Bad. O mesmo time de produtores, roteiristas e diretores retorna e a ligação entre as produções é visível no esmero com posicionamento de câmeras, trabalho de ângulos, paleta de cores e, principalmente, na atenção aos detalhes. A lata de lixo que tanto foi judiada por Jimmy no primeiro episódio retorna em uma breve aparição no último capítulo. A indicação do fechamento de ciclo e início de uma nova fase na vida do advogado é sutil e abrupto ao mesmo tempo, transformando o seriado em uma obra interativa de busca por referências internas.

O mérito é também do elenco, que não demonstra incerteza. Todos funcionam bem entre si e até os personagens novatos já integram a equipe como partes essenciais do mecanismo. Odenkirk entrega uma excelente interpretação como o incerto McGill, sem deixar para trás o espírito de Goodman. É possível enxergar cada um dentro do outro e até flashbacks que vão ainda mais no passado não sofrem de descaracterização. Michael McKeen, que vive Chuck McGill, também cumpre o prometido quando precisa parecer frágil devido a sua doença, mas entrega diálogos ríspidos nos momentos de confronto com seu irmão. Até Mike (Jonathan Banks), que retorna como parte do elenco fixo da série, passa por uma atualização sem perder o espírito do personagem visto em Breaking Bad.

A importância de Better Call Saul para o cânone é clara. A série escolheu um excelente novo protagonista para seu universo, um personagem multifacetado e complexo que rende boas histórias para a já garantida segunda temporada. O episódio final do primeiro ano dá o primeiro passo na transformação de Jimmy McGill em Saul Goodman, mas até lá, muita coisa pode acontecer.

Nota do Crítico
Excelente!
Better Call Saul
Encerrada (2015-2022)
Better Call Saul
Encerrada (2015-2022)

Criado por: Vince Gilligan, Peter Gould

Duração: 6 temporadas

Onde assistir:
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