Séries e TV

Crítica

24 Horas: Viva Um Novo Dia | Crítica

Jack está de volta

15.07.2014, às 20H09.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H23

Jack is back! Em maio de 2013, foi anunciado que Jack Bauer (Kiefer Sutherland) teria mais um de seus intensos e conturbados dias, voltando à ação após quatro anos longe das telinhas. A original ideia de 24 Horas consiste do tradicional formato da TV aberta estadunidense, que conta com 22 a 24 episódios por temporada - abrangendo, assim, as 24 horas de um dia de forma precisa. No entanto, a minissérie 24 Horas: Viva Um Novo Dia (24: Live Another Day) seria reduzida, contando apenas com 12 episódios e, consequentemente, 12 horas televisionadas de um dia na vida de Jack.

24 Horas Viva Um Novo Dia

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A linha temporal da série é mantida e Bauer retorna após ter passado quatro anos foragido - no exato dia em que o presidente dos EUA James Heller (William Devane) chega em Londres. Segundo ele, um ataque que vai matar muitas pessoas está prestes a acontecer na capital do Reino Unido, mas ninguém acredita nele. Então, vemos Jack fazer aquilo que sabe fazer de melhor: provar que todo mundo estava errado.

São inúmeros novos personagens, como a ótima Kate Morgan (Yvonne Strahovski); e alguns velhos conhecidos, como Chloe O'Brien (Mary Lynn Rajskub) no seu melhor estilo Lisbeth Salander e Audrey Raines (Kim Raver), mas tudo se encaixa dentro de sua própria trama. O número reduzido de episódios passa a sensação de pressa, como se a trama tivesse sido pensada para todos os 24 episódios, mas acabou comprimida em apenas 12. São vários climaxes: o hackeamento dos drones, Margot Al-Harazi (Michelle Fairley) e sua vingança, o envolvimento dos chineses... Jack chegou para salvar Londres de um ataque terrorista e acabou impedindo o início da Terceira Guerra Mundial.

A bagunça de tramas, no entanto, não deixa pontas soltas. Todos os problemas propostos são resolvidos de maneira satisfatória, mas sempre puxando um gancho para o próximo desafio de Jack. A montagem dinâmica também acompanha a série desde o início, sempre mostrando diferentes locais e situações em telas divididas. Não há tempo a ser perdido em 24 Horas e a urgência é passada ao público através do conhecido relógio em tela antes e depois dos intervalos comerciais.

[Cuidado, possíveis spoilers à frente!]

Apesar de ter mantido praticamente todos as qualidades que fazem de 24 Horas uma série excepcional, a quebra do padrão chega logo no início da última hora da temporada. Ao apresentar o horário do episódio, Bauer fala que ele será ambientado das 10pm às 11am - abrangendo mais de 12 horas. O salto temporal causa estranheza, já que não estamos acostumados a não saber o que acontece no tempo não documentado. Entretanto, é compreensível que o período tenha ficado descoberto, já que toda a ação foi resolvida previamente. Ficam de fora apenas momentos cotidianos que não cabem na dinâmica da série, enfatizando o foco nos momentos anormais, nos acontecimentos extraordinários.

Jack está de volta. Ele salva mais uma vez o dia e sofre com perdas, difíceis decisões e a necessidade de reconquistar a confiança de todos ao seu redor novamente. Seu destino é previsível, mas cabível às oito temporadas que precederam Viva Um Novo Dia. Bauer é um mártir.

Nota do Crítico
Bom

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