B.O., nova comédia da Netflix (Netflix/Divulgação)

Créditos da imagem: Netflix/Divulgação

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Leandro Hassum não se importa com comparações de B.O. a Brooklyn Nine-Nine

Nova comédia da Netflix, B.O. acompanha um delegado de polícia do interior do Rj que é transferido para a capital carioca

Omelete
3 min de leitura
04.09.2023, às 18H45.

Uma delegacia repleta de policiais bem-intencionados, mas desastrados, e sob a liderança de um delegado com um coração de ouro. A direção ágil, com cortes de câmera rápidos, nos leva por casos e situações peculiares à repartição. Pode até parecer que estamos descrevendo Brooklyn Nine-Nine, a série que encantou os fãs entre 2013 e 2021, com Andy Samberg no papel principal. Mas não vem a ser o caso, como explica Leandro Hassum, que lança pelo Netflix a comédia B.O. – acrônimo para boletim de ocorrência, mas que também reflete o "jeitinho brasileiro" de expressar quando alguma coisa não segue o roteiro. 

Também ambientada em uma delegacia – e com uma tropa nem tão estelar assim, Hassum descarta a comparação (óbvia) com a série do ex-comediante do Saturday Night Live. "É uma workplace comedy que poderia acontecer em qualquer lugar, mas calhou de ser uma delegacia". As workplace comedies, também conhecidas como "as comédias de ambiente de trabalho", são as sitcoms ambientadas em escritórios, redações e todo ambiente profissional onde se juntam uma série de personagens peculiares, como Parks and Recreation, Ally McBeal, 30 Rock e The Office – nesta última, o ator e criador afirmou ter realmente se inspirado. "Na verdade, minha inspiração mesmo foi Michael Scott (personagem de Steve Carrell)". 

Hassum sabe que as comparações entre sua nova série e a comédia com Andy Samberg devem chegar às redes sociais, mas não parece se importar. "Uma coisa que eu aprendi é que todo mundo acha que é dono da piada. Eu mesmo já passei por isso", explicou. "Quem é comediante está o tempo inteiro ligado nas coisas. Quem é comediante está antenado. Às vezes, as piadas se esbarram porque partem de um senso comum", acrescenta. 

"Se aparece um comediante novo e faz piada parecida com a minha, vão falar que ele copiou o Hassum. Se eu estiver fazendo uma série que se passa na delegacia, as pessoas vão achar que peguei a ideia do Brooklyn Nine-Nine, mas a verdade não é essa", ressalta ele, que disse apenas ter assistido à Brooklyn Nine-Nine depois de ter tido a ideia para fazer B.O.

Hassum, na verdade, só tinha olhos para desenvolver uma comédia onde os personagens e suas interações fossem mais importantes que a história em si (termo conhecido como "character driven" - conduzido por personagem, em tradução livre). "Mas ao longo do caminho, por termos roteiristas jovens e antenados, a gente esbarrou nessas referências", disse ele, rejeitando as comparações com a série americana. "As histórias não têm nada a ver. Apenas calhou de ser ambientada em uma delegacia". 

Para Hassum, isso ainda vai ficar mais claro quando os espectadores perceberem o gostinho do "puro suco brasileiro" nos episódios. "Enquanto o Brooklyn Nine Nine tem esse humor mais americano, o B.O vai trazer uma identificação muito grande para o público brasileiro. A Netflix é a maior plataforma de streaming do mundo, transmitida em mais de 190 países. Mas a gente fez a série muito mais pensando no público brasileiro". 

B.O. estreia na Netflix nesta quarta-feira (6).

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