Better Call Saul é mais leve que Breaking Bad mas tem momentos mais sombrios, diz criador

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Better Call Saul é mais leve que Breaking Bad mas tem momentos mais sombrios, diz criador

Peter Gould diz que Walter e Jesse podem aparecer na segunda temporada do derivado

07.02.2015, às 11H27.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H34

Roteirista do episódio de Breaking Bad que apresentou o advogado Saul Goodman, Peter Gould agora é produtor de Better Call Saul, a série derivada que contará o passado do personagem vivido por Bob Odenkirk. Em entrevista ao Omelete, Gould comparou as duas séries.

"Em Breaking Bad fica claro que esse personagem é uma invenção, ele inventou a si mesmo. Então tínhamos que mostrar como ele chegou a isso. Nós nos perguntamos: 'Que tipo de problema uma pessoa resolve ao se tornar Saul Goodman?'", começa Gould.

"O que mais me surpreendeu fazendo essa série é como nos pegamos, na sala de roteiristas e na montagem, torcendo por Jimmy McGill [nome verdadeiro de Goodman]. Ele é não apenas o cara que fala e responde rápido mas é também um verdadeiro herói torto às vezes. Não um herói tradicional, mas alguém que tem uma certa bússola moral. No segundo episódio ele até se coloca numa posição de perigo. Eu nem gostava tanto assim de Saul Goodman, mas Jimmy McGill... Ele tem algo a mais", diz.

Um dos temas de Breaking Bad - como decisões mal tomadas afetam os outros e resultam em mais decisões ruins - deve estar presente no derivado. "Uma das coisas que mais fascinam a gente são as relações de causa e efeito. Como algumas decisões que tomamos afetam o mundo todo ao nosso redor, nas formas mais imprevisíveis e confusas. A pergunta central é: por que ser bom? O que faz uma pessoa seguir o caminho da lei e da ordem e por que às vezes as pessoas ignoram esse caminho."

Segundo Gould, a série não se passará apenas no passado, e pode ter cenas também no futuro, após o fim de Breaking Bad. "A reação que tivemos do público ao final de Breaking Bad foi tão positiva que não esperávamos. Na verdade eu tento não pensar muito no fim da série porque isso pode mexer um pouco com a sua cabeça [risos]. Estamos tentando começar algo novo, e as pessoas gostaram demais de como encerramos aquela outra história, e daí você fica pensando em como superar a si mesmo. É uma posição perigosa."

"Eu diria que Better Call Saul é mais leve [que Breaking Bad] em várias maneiras, mas ainda é um drama. Dito isso, temos muitas cenas engraçadas - você não escala Bob Oedenkirk e deixa a comédia de lado. Uma das coisas especiais nessa série, pra mim, é que o tom fica mudando de forma inesperada. Temos episódios que começam engraçados, depois ficam dramáticos. Outros são bem leves. E temos episódios que são tão ou mais sombrios do que algumas coisas que fazíamos em Breaking Bad", emenda.

Por fim, sobre participações especiais: "Não conseguimos um jeito de encaixar Walter e Jesse nessa primeira temporada. Dito isso, todas as cartas estão na mesa para uma segunda temporada".

A série começa na AMC dia 8 de fevereiro, nos EUA, e o piloto chega dia 9 ao Netflix brasileiro. Better Call Saul já foi renovada para uma segunda temporada antes mesmo de estrear.

A primeira temporada completa de Better Call Saul estará disponível na Netflix quando terminar sua exibição nos EUA. Por enquanto, os episódios serão mostrados aqui toda segunda-feira no serviço de streaming, seguindo a transmissão na AMC americana.

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