Séries e TV

Notícia

Sherlock | Painel da série na Comic-Con fala do especial ambientado na Era Vitoriana, Moriarty, Irene e muito mais!

Produtor-executivo Steven Moffat foi a grande atração do painel, que teve alô de Cumberbatch via vídeo

10.07.2015, às 13H56.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Até mesmo para a BBC, um canal com um longa lista de sucessos, a série Sherlock, de Steven Moffat e Mark Gatissé algo raro. Com uma trama inteligente que vai se desenvolvendo de forma constante e envolvente, ela se diferencia no meio de tantos programas que giram em torno de mistérios na TV de hoje. No centro de tudo isso, claro, está a relação Sherlock Holmes e John H. Watson, o grande detetive de todos os tempos e seu não menos brilhante parceiro. A química entre os atores Benedict Cumberbatch e Martin Freeman tem sido um dos destaques das três temporadas até aqui. Com tanta euforia por parte dos fãs, é óbvio que boa parte do painel moderado por Sandra Gonzalez e que teve na mesa o produtor-executivo Moffat, a produtora-executiva Sue Vertue e o ator Rupert Graves, que interpreta o inspetor Greg Lestrade, a maioria das perguntas feitas durante a Comic-Con 2015 giravam em torno do Especial do fim do ano, ambientado na era vitoriana e a quarta temporada, que está longe, muito longe de acontecer.

None

O painel começou com os atores principais fazendo uma daquelas apresentações em vídeo para se desculpar por não estarem ali pessoalmente. O primeiro a aparecer foi Andrew Scott, o Jim Moriarity. Ele é mostrado enquanto é maquiado e lê o “roteiro” de um “filminho” do qual está participando e o impediu de fazer a viagem – ele será Denbigh em 007 Contra Spectre. Toca o telefone e é um tal de “Ben”, que é colocado no viva-voz. Os dois começam a conversar e o vozeirão de Cumberbatch reverbera as palavras de que ele não poderá ir à Comic-Con este ano também, porque está fazendo uma peça, Hamlet. Mark Gatiss, o Mycroft, se junta à conversa para dizer que também está em um projeto e não tem como fazer uma viagem internacional. Scott, então, sugere que eles mandem uma mensagem para o público que está reunido no Ballroom 20, no Centro de Convenções de San Diego. Cumberbatch começam a pensar na melhor forma de dar a notícia ao público sem deixá-los desapontados. Mas não chegam a conclusão alguma. Cabe a Scott puxar a responsabilidade para si. E, em tom de Moriarty, ele solta um “Estão sentindo minha falta?”, que fez a sala vibrar. Veja o vídeo apresentado: 

 

Durante as perguntas, Moffat foi o centro das atenções, com respostas sempre certeiras e com o tom de humor que ele utiliza não só em Sherlock, mas também em Doctor Who. O produtor-executivo e seus colegas falaram sobre tudo o que um fã da série gostaria de saber. Vamos aos melhores momentos:

  • Moffatt e Vertue começaram anunciando que o Especial Vitoriano será exibido em alguns cinemas quando for lançado no final do ano (ação já utilizada com sucesso – inclusive no Brasil – para a celebração dos 50 anos de Doctor Who). Moffatt aproveitou para expressar como o programa fica ainda mais bonito na tela de um cinema.
  • Moffat disse que ele acha que o especial vitoriano está sensacional e é “um dos melhores” que eles já fizeram.
  • Graves revelou que embora Lestrad não tenha aparecido no primeiro trailer, ele também estará no especial e em grande estilo, ostentando uma belíssima barba que junta suas costeletas ao bigode.
  • Moffatt disse que o especial vitoriano é um episódio separado dos outros, sem ter que ficar se adequando às modernidades do mundo atual que aparecem sempre na série normal.
  • Ainda sobre o Especial, Moffatt salientou que ele se passa em uma era muito mais sexista e lembrou que nos livros de Arthur Conan Doyle, “as mulheres não falavam” e que estes elementos serão incorporados e cruciais para a trama.
  • Sobre seu processo de criação, Moffatt foi bem britânico ao dizer que nunca para e fica olhando para o que escreveu e pensando “caramba!”. Na maioria do tempo, diz o roteirista, ele se sente “infeliz e atormentado”
  • Moffatt falou que algumas pessoas se tornaram fãs tão ardorosas do programa que não conseguem curtir Sherlock de uma forma pura e fez um paralelo com o que sentiu ao criar seus primeiros episódios de Doctor Who;
  • Voltando ao especial do fim do ano, Vertue disse que foi muito mais difícil de filmar do que um episódio normal. Ela falou, por exemplo, que tiveram um cuidado especial para que os figurantes andassem rápido, para evitar que o episódio parecesse parado.
  • Graves admitiu que um dos seus momentos favoritos da série é quando ele dá um abraço em Holmes no início da terceira temporada.
  • Quando perguntada sobre o “gancho” favorito, Vertue escolheu o fim da terceira temporada, em especial a cara de Grattis ao ver seu irmão naquela situação.
  • Moffatt afirmou que não tem uma frase de efeito favorita, mas disse que o único momento em que ele se sentiu um pouco mais esperto e achou que havia feito algo que não ficou “tão mal” foi quando escreveu “I am Sherlocked.” 

Durante o painel, foi exibido um clipe do Especial Vitoriano. O vídeo começa mostrando neve caindo sobre uma placa da Baker Street, virando a câmera até o icônico número 221b da porta do prédio onde mora Sherlock. Todos os detalhes parecem perfeitos, desde o figurino da Sra. Hudson ao cachimbo que Sherlock vem carregando ao descer da carruagem seguido por Watson – e um lindo bigode! Claro que estão presentes também as piadas do texto de Moffat, muito bem apresentadas pelo elenco.

Veja o clipe: 

 

Perguntas do público

  • Quando perguntado se ele tem algum receio de quando acabarem as histórias originais, Moffatt disse que eles até o momento só fizeram 10 das mais de 60 histórias que eles já imaginaram e que é mais fácil ele morrer de velhice do que ficar sem histórias. E ele disse também que considera as histórias da série “meio novas”, afinal eles misturam detalhes e elementos de vários casos diferentes em um mesmo episódio.
  • Sobre a volta de Irene, Moffatt disse que ele ainda não sabe se ela vai voltar ou não, mas que ele já escreveu uma versão em que na noite em que Irene e Sherlock ficam juntos, ela rouba as roupas dele para escapar. Ele disse também que gosta de imaginar Sherlock e Irene sorrindo “pelo menos uma vez por dia, pensando um no outro”.
  • Quando perguntado sobre o tema da série, Moffatt enfatizou que não há como esgotar o apelo da história de um cara que “entende tudo, menos a si próprio”. E também aproveitou para aplaudir a química que existe entre Cumberbatch e Freeman.
  • Moffatt preferiu não falar nada sobre o terceiro irmão da família Holmes, que Mycroft cita na série.
  • Perguntaram ao produtor-executivo quais histórias ele prefere. “Eu gosto quando Sherlock perde”, disse Moffat. Escrever algo em que “a lógica suprema não funciona” é mais gostoso.
  • Vertue respondeu a pergunta sobre a possibilidade de uma turnê mundial, como a Doctor Who World Tour, e disse que tem interesse, mas não consegue nem imaginar as logísticas de algo como isso.
  • Moffatt disse que a decisão de mostrar Lestrad como um “bom companheiro”, enquanto ele é um “idiota agressivo” nos livros, veio da postura do próprio Graves e de como ele é bonito.
  • Quando perguntado sobre a restauração do filme mudo de 1916 em que William Gillette faz o papel de Sherlock Holmes, Moffatt disse que ainda não viu como está ficando a restauração inteira, mas que a interpretação de Gilette foi uma das influências que ele e sua equipe utilizaram para conceber este Sherlock moderno.
  • Moffatt disse que realmente tem em sua casa um filme 8mm que ele fez e mostra a sua irmã interpretando Sherlock E Dr. Who. 

Leia mais sobre Sherlock
Leia mais sobre Comic-Con 2015

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.