Vikings | Criador e elenco se reúnem para celebrar 10 anos da série: “Sonho”

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Vikings | Criador e elenco se reúnem para celebrar 10 anos da série: “Sonho”

Canal History 2 volta a exibir as seis temporadas da trama épica a partir de 6 de março

Omelete
6 min de leitura
03.03.2023, às 12H00.

Dez anos depois de seu lançamento, Vikings retorna à TV na próxima segunda-feira (6), com a exibição de suas seis temporadas, de segunda a sexta-feira, às 22h, no History 2. Se a notícia promete empolgar os fãs da série épica, a data também é motivo de comoção e celebração entre a própria equipe. Ao menos foi o que o criador Michael Hirst e os atores Alexander Ludwig, Clive Standen, Gustaf Skarsgard e Katheryn Winnick demonstraram em entrevista coletiva com jornalistas da América Latina, em que o Omelete esteve presente. No evento virtual, eles lembraram passagens marcantes da produção, falaram sobre o segredo do sucesso do programa e também mataram as saudades.

Depois de rever algumas cenas da série, Hirst declarou estar emocionado ao ver parte do elenco reunido novamente e se derreteu, afirmando que seu amor por eles é infinito. Já Gustaf Skarsgard, que interpreta Floki, achou divertido ouvir seu personagem dublado em espanhol e brincou, ao imaginar a versão brasileira: “Bom, é um idioma mais bonito. Eu disse isso? Desculpem, escapou! Peço desculpas a quem fala espanhol. Tudo soa melhor em português”.

Em outro momento descontraído do evento, Clive Standen, intérprete de Rollo, promoveu uma aparição–relâmpago da namorada, a colega de elenco Lucy Martin, que vive Ingrid na sexta temporada da atração. Já Katheryn Winnick, que dá vida a Lagertha na ficção, aproveitou para tirar uma foto do grupo, o que provocou gargalhadas em Alexander Ludwig, o Björn.

No encontro, aliás, o canadense contou que ainda guarda na memória o carinho dos fãs brasileiros e colombianos, que o receberam com entusiasmo na CCXP22 e na Comic Con Medellín, em dezembro do ano passado.

Os fãs na América Latina são incríveis. Sentimos tanto amor, todo mundo é tão apaixonado! Cada vez que viajo para lá realmente me sinto muito especial por ter sido parte de algo que conectou a tanta gente. Me dá a sensação de que estou fazendo algo não só por mim, mas um trabalho que significa algo para as pessoas. Sinto isso quando estou lá, é surreal”, disse.

Nova visão sobre os vikings

Essa profunda conexão com o público, segundo o criador da série, só foi possível porque a atração se propôs a ir além do senso comum ao tratar desse universo, com o auxílio de um trabalho extenso de pesquisa.

Se pensamos simplesmente em vikings, pensamos em brutalidade, matanças. Culturalmente, no resto do mundo, os vikings sempre foram considerados como o outro, como as forças sombrias que chegam à noite e roubam nossas propriedades, estupram as mulheres e são apenas pessoas más. Era o que se escrevia sobre eles, como se falava do inimigo”, afirmou.

Hirst, que é apaixonado por História e também assina os filmes Elizabeth e Elizabeth: A Era de Ouro e a série The Tudors, admite que até então também sabia pouca coisa sobre o assunto. O mergulho nesse tema, no entanto, foi profundo, já que ele escreveu sozinho todos os 89 episódios da saga, uma experiência que ele descreve como “extraordinária e muito desafiadora”.

Pesquisei sobre as sociedades vikings que podiam ter suas propriedades, divorciar-se de seus cônjuges. E ninguém sabia isso, ou que eram muito democráticos, por exemplo. Então, eu os analisei como seres humanos, e não como emblemas do mal e da destruição, mas como homens e mulheres, que amam. [Os personagens] eram pessoas próximas, que reconhecíamos e com que podíamos ter empatia”, analisou.

Elenco de Vikings e o criador Michael Hirst comemoraram os 10 anos da série

Elenco de Vikings e o criador Michael Hirst comemoraram os 10 anos da série

Divulgação

Justamente por isso, Standen diz que trabalhar em Vikings “é um sonho realizado”. “Como ator, sempre gostei de trabalhar em dramas históricos, porque acredito que há muito mais para investigar, não só de um personagem, mas de todo um período, uma época. Essa não é simplesmente uma série em que colocamos um capacete viking ou nos mostramos como monstros do mar que invadiam os lugares. Michael contou as histórias dessas pessoas de dentro para fora”, explicou.

Segundo Skarsgard, era difícil imaginar no começo da produção o impacto que a série viria a ter. “Quando estamos em um processo criativo, sempre temos dúvidas, nunca sabemos se vai dar certo como esperamos. Mas, depois que estreou a primeira temporada, soubemos que havia sido um sucesso e que as pessoas gostaram. E, assim, a série continuou crescendo. Nunca poderia imaginar que se tornou o que é”, disse.

Força feminina atrás e na frente das câmeras

Destaque feminino do elenco, Katheryn Winnick suou de verdade para transformar Lagertha em uma pessoa de carne e osso. A atriz, que pratica artes marciais desde a infância, emprestou seu vigor físico para a personagem, dispensou dublês e encarou todas as cenas de luta. Além disso, por trás das câmeras, a canadense teve a oportunidade de viver uma experiência inédita: a direção.

Eu me sinto abençoada de estrear nessa função em Vikings. A equipe foi maravilhosa, realmente viramos uma família. Não vou mentir, isso despertou em mim a vontade de dirigir. Eu gostei muito da chance de contar a história de outra forma e quero seguir dirigindo mais. Vem mais coisa por aí!”, prometeu ela, que comemora a maior participação feminina em produções audiovisuais nos últimos anos. “Foi um grande pontapé inicial para mais mulheres diretoras, roteiristas e mais personagens femininos fortes na televisão. Temos que seguir neste caminho para que haja equidade.

Segundo Hirst, Lagertha também ajudou a modificar o público da série ao longo das temporadas. “Quando começamos a trabalhar com o History Channel, era uma audiência de homens, o que interessava a eles era a Segunda Guerra e violência. Quando terminamos de gravar, a audiência estava 50/50 de homens e mulheres”, contou.

Lembranças do set

[Atenção: O trecho abaixo contém spoilers de Vikings. Não leia se não quiser saber o que acontece]

Em clima de nostalgia, os atores lembraram de alguns souvenirs que levaram em suas despedidas das gravações. Standen, por exemplo, herdou a pedra do sol usada por Rollo e Ragnar (Travis Fimmel) para navegar. Winnick levou para casa uma armadura. Em geral, entregou Ludwig, quem “morria” ganhava um escudo assinado pelo elenco e pela equipe técnica.

Quando eu morri, levei a espada de Björn, que está na minha casa e é um dos meus objetos mais valiosos. Toda vez que algum fã de Vikings vem à minha casa, minha esposa pergunta: ‘Quer ver a espada?’. E mostra a espada (risos). É muito especial”, revelou o ator.

Vikings já rendeu uma série derivada - Vikings: Valhalla, da Netflix, que está em sua segunda temporada -, mas Hirst não descarta a possibilidade de novas continuações, seja em formato de filme ou minissérie. De qualquer maneira, o roteirista garante que sempre soube quando e como gostaria de encerrar a história original, com a chegada ao continente americano.

A série tem uma base de fãs enorme em todo o mundo. Recebo mensagens de lugares como a Mongólia de pessoas que a assistem. Adoraria voltar a esse universo, mas não gostaria de fazê-lo simplesmente porque sim. Teria que ser algo com uma história muito forte, muito sólida, com muito significado”, afirmou.

Sem falsa modéstia, o criador da atração afirma que Vikings têm os melhores personagens que já criou. “Sei que há muitas pessoas que ficaram viciadas na série e que a veem de vem em quando porque, de fato, sempre podemos encontrar coisas novas. A série está cheia não só de grandes atuações, mas também de grandes ideias. Está cheia de filosofia e, de certa forma, nos faz pensar e chorar”, disse Hirst.

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