Um dos principais alvos de protestos do movimento #MeToo, Bryan Singer teve seu nome envolvido em uma nova polêmica, desta vez envolvendo seu comportamento nos bastidores da franquia X-Men. De acordo com uma reportagem do THR, a maneira como o cineasta se portava no set já incomodava o elenco nas filmagens do primeiro longa, lançado em 2000, mas atingiu seu ápice durante a produção de X-Men 2.
A gota d’água para o elenco teria acontecido após uma briga entre o diretor e o produtor Tom DeSanto, que tentou impedir que uma cena de ação fosse filmada sem o coordenador de dublês. Na ocasião, Singer estaria “incapacitado” de fazer seu trabalho direito por ter feito uso de drogas. Quando a cena foi rodada, Hugh Jackman, um dos principais nomes da franquia, se machucou a ponto de sair coberto de sangue.
Ainda assim, os executivos da Fox apoiaram Singer e DeSanto deixou a produção. Em resposta, o elenco inteiro, com exceção de Ian McKellen e Rebecca Romijn, que não estavam presentes no dia, entrou no trailer do cineasta e ameaçou deixar o filme caso DeSanto não retornasse.
Um executivo que não quis se identificar alegou que o fato de o estúdio não ter agido após as reclamações recebidas após o primeiro longa fez com que Singer se sentisse com ainda mais força para manter seu comportamento, descrito como errático. “Nós nos acomodamos no primeiro filme, depois no segundo e assim por diante. E isso criou um monstro”.
Apesar desses problemas, Singer retornou tanto para Dias de Um Futuro Esquecido e Apocalipse. Olivia Munn, que viveu Psylocke no longa de 2016, chegou a falar sobre as várias ausências de Singer durante as filmagens.
Já Rami Malek, vencedor do Oscar de Melhor Ator por Bohemian Rhapsody, afirmou que sua relação com o diretor, demitido no meio da produção, era “desagradável”.