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16 filmes autorais para ficar atento em 2018

Ricardo Darín, Juliette Binoche e Mariana Ximenes estrelam algumas das maiores apostas de radicalismo cinéfilo do ano

03.01.2018, às 14H44.

Tem muito super-herói, assim como terror e fantasia, na lista de estreias de 2018, mas nem só de Marvel e de DC viverá o cinema neste ano.

A seguir, você confere algumas das produções internacionais de cunho autoral cercada de forte expectativa pelos circuitos alternativos de exibição. Documentários e animações também integram este pacote. Tem produções vindas da Dinamarca, França, Coreia, Estados Unidos (na seara off-Hollywood), China e, é claro, Brasil, marcando a volta de cineastas consagrados pela crítica. Confira:

Todos Lo Saben, de Asghar Farhadi

Depois de dois Oscar de melhor filme estrangeiro em nome do Irã, o diretor de A Separação (2011) e O Apartamento (2016) se volta para a língua espanhola, juntando Ricardo Darín a Penélope Cruz e Javier Bardem para narrar os dissabores de uma mulher casada que resolve voltar para os arredores de Madri depois de anos felizes na Argentina.

The Kindergarten Teacher, de Sara Colangelo

Sundance já confirmou a presença deste drama escolar que, de acordo com olheiros dos Estados Unidos, traz o melhor desempenho de Maggie Gyllenhaal em toda a sua carreira. Ela interpreta uma normalista obcecada por um de seus alunos. A produção é remake de um filme homônimo israelense, dirigido por Nadav Lapid.

Maya, de Mia Hansen-Love

Dois anos depois de ter sido premiada na Berlinale por O Que Está Por Vir, a atriz e cineasta volta com um drama político sobre um jornalista francês que é capturado durante o conflito na Síria. Ao ser libertado, ele ruma para a Índia, atrás de iluminação.

Kursk, de Thomas Vinterberg

Um dos inventores do Dogma 95, o diretor de Festa de Família (1998) leva Colin Firth até o ano 2000 nesta recriação da tragédia com um submarino russo K-141, no qual o destino de dezenas de marinheiros ficou na mão do acaso e da burocracia. 

The House That Jack Built, de Lars von Trier

Previsto inicialmente para 2017, este thriller do diretor de Melancolia (2011) e Ninfomaníaca (2013) ficou pra este ano. Matt Dillon (O Selvagem da Motocicleta) vive um psicopata que constrói uma estrada no crime ao longo de 12 anos de impunidade. A trama se ambienta nos anos 1970 e vai abordar os crimes de Jack com humor, para reforçar o lado mais provocador do cineasta dinamarquês.

The Time of Humans, de Kim Ki-Duk

Ganhador do Leão de Ouro de 2012 com Pietá, o cineaste mais existencialista da Coreia do Sul faz uma reflexão sobre a Esperança ao narrar jornada de passageiros de diferentes idades e classes sociais em um navio de guerra. Dentro da embarcação, os limites do processo civilizatório serão testados.

A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra

O Festival de Annecy, na França, homenageará o Brasil em sua edição de 2018. O cineasta gaúcho Otto Guerra aproveitará a data para levar seu novo trabalho, baseado nos Piratas do Tietê, da cartunista Laerte. Na trama, um diretor de cinema se vê diante de uma situação complexa no meio da produção de seu longa: o autor da historia passa a negar os Piratas do Tietê, personagens principais da trama já quase pronta. Em uma tentativa desesperada de salvar o filme, ele decide contar seu drama, criando um labirinto caótico entre a ficção e a vida real, num jogral metalinguístico.

Fahrenheit 11/9, de Michael Moore

O novo documentário do polemista que nos deu SOS Saúde (2007) faz um balanço das contradições sociais da Era Trump, com foco nos interditos que o atual presidente dos Estados Unidos impôs aos imigrantes.

Le Retour du Héros, de Laurent Tirard

Depois do sucesso comercial da franquia O Pequeno Nicolau, o cineasta francês põe Jean Dujardin no centro de uma comédia de época sobre um soldado que regressa da guerra, na Europa de 1800, e encontra uma confusão instaurada em torno de seu noivado por causa de cartas falsas.  

E-Book, de Olivier Assayas

Depois de se aventurar pelas fronteiras do sobrenatural com Personal Shopper, pelo qual ganhou o prêmio de melhor diretor em Cannes, o diretor francês renomado por cults como Depois de Maio (2012) investe agora na comédia, abordando a realidade do mercado editorial de Paris. Juliette Binoche é a protagonista.

Don’t Worry, He Won’t Get Far On Foot, de Gus Van Sant

Indicado ao Urso de Ouro de Berlim em fevereiro, este drama baseado em fatos põe Joaquin Phoenix no papel de um paraplégico que precisa aprender a redefinir seu cotidiano a partir de limitações físicas. O diretor de Elefante (2003) traz ainda Rooney Mara e Jonah Hill no elenco.

The Sisters Brothers, de Jacques Audiard

Ganhador da Palma de Ouro com Deephan: O Refúgio, em 2015, o cineasta francês filma um bangue-bangue baseado em romance de Patrick Dewitt. Jake Gyllenhaal é um mineiro perseguido por dois caçadores de recompensas: os irmãos Sisters, vividos por Joaquin Phoenix e John C. Reilly.

Belleville Cop, de Rachid Bouchareb

Esta comédia do diretor franco-argelino que nos deu Dias de Glória (2006) foi concebida para dar a Omar Sy (Intocáveis) um prêmio internacional capaz de fazer jus à sua popularidade. Ele é um imigrante nos Estados Unidos que se torna um investigador, ao lado de um policial profissional.

Shadows, de Zhang Yimou

O cineasta chinês responsável por cults como Herói (2002) volta ao passado de seu país prometendo algumas das maiores cenas de ação do ano ao narrar a peleja mística de uma série de guerreiros contra forças das trevas.

O Grande Circo Místico, de Carlos Diegues

Neste filme, o diretor de Deus é Brasileiro (2003) dialoga com a poesia de Jorge de Lima e coloca Mariana Ximenes no papel de uma trapezista tatuada pela fé e pela tragédia. O roteiro narra as peripécias de uma trupe circense ao longo de cem anos. Jesuíta Barborsa é o mestre de cerimônias do circo.

Bônus: Bacurau, de Kleber Mendonça Filho

Especula-se que o novo longa do diretor de Aquarius (2016), o pernambucano Kleber Mendonça Filho, pode ser rodado este ano. Bacurau acompanha uma equipe de cinema às voltas com fatos inusitados em uma pequena cidade. Pelo teor político explosivo da obra pregressa do diretor, espera-se dele mais um exercício de reflexão sobre as contradições do Brasil.

Viena and the Fantomes, de Gerardo Naranjo

Depois de uma temporada na TV, dirigindo Narcos e Fear The Walking Dead, o realizador do cult latino Miss Bala (2011) reúne Jon Bernthal, Dakota Fanning e Caleb Landry Jones neste trama sobre as loucuras de uma banda punk nos anos 1980.

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