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Narcos | "Todo mundo sabe como a história de Pablo Escobar termina", comenta Wagner Moura sobre a nova temporada

Ator conversou com o Omelete durante o TCA

28.07.2016, às 17H01.

Durante o TCA, apresentação das emissoras para a Associação de Críticos Televisivos dos EUA, Wagner Moura conversou com o Omelete sobre a nova temporada de Narcos e a ligação entre Colômbia e Brasil.

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"A primeira temporada é mais épica, cobre 15 anos do narcotráfico, do primeiro dia que o Pablo vê cocaína até o dia em que ele escapa da Catedral. Já a segunda temporada é muito curta, vai do dia que ele escapa até o dia em que matam ele. Então é uma temporada mais dramática, menos épica. É mais focada nos personagens, nos dramas dos personagens, na vulnerabilidade desse cara que a gente viu tão poderoso na primeira temporada e agora começa a perder seu poder, seus sicários, seu dinheiro, tem o perigo de perder sua família... É uma ótima temporada para os atores", resumiu o ator sobre o novo ano. Sobre a revelação sobre o destino do seu personagem nesta temporada, Moura diz que sabia desde o início: "A impressão que eu tive desde o começo é que eu tava fazendo um filme gigante e no final da primeira temporada tivemos que dar uma paradinha pra depois terminar. Todo mundo sabe como [a história do] Pablo termina".

O ator também falou sobre a sua longa preparação para viver o personagem: "Cada vez mais eu quero ter tempo pra fazer as coisas - eu podia fazer um trabalho a cada três anos! [risos] Eu tive bastante tempo e comecei do começo, então eu aprendi espanhol, fui pra Colômbia, vivi e convivi lá... Tive que engordar, claro, então ganhei muito peso e agora estou no processo de tirar esse personagem de mim. Foi muito intenso, eu li tudo o que foi escrito sobre Pablo Escobar. E é uma história muito recente, isso tudo aconteceu nos anos 1980, então as pessoas da minha idade na Colômbia, em Bogotá, todas viveram isso. Eles lembra, das bombas, lembram das mortes e dos assassinatos, dos sequestros...".

Segundo Moura, Colômbia e Brasil tem mais em comum do que se imagina: "Existe uma diferença social muito grande entre quem tem um pouco mais de dinheiro e domina tudo, imprensa - igual o Brasil -, enquanto a maior parte da população vive sem nada. Desse mundo veio Pablo Escobar. Quando ele quis ser político, a forma como ele encontrou de ganhar votos foi sendo populista. Claro, ele tinha uma preocupação de, sendo dessas classes, saber como as pessoas reagiriam ao fato de chegar e entrar nesse lugar onde o estado não entra. No Brasil é a mesma coisa, um lugar que é tradicionalmente ocupado pelo narcotráfico. Então ali ele construiu casas, deu campos de futebol, fez todo esse papel do Robin Hood, do bandido bom, que é uma mentira. Mas ele era um cara muito mau. Ele era um homem carismático, que tinha suas preocupações, mas ele era... Mau. [risos]".

Narcos retorna à TV em 2 de setembro mundialmente pela Netflix.

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